quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Tipo de apresentação!

- Este é um Dr, advogado, tem o seu próprio escritório no centro da cidade, Dr. João. Foi assim que um conhecido apresentou  um amigo em comum a alguém.
Eu aprendi desde pequena que é correto dizer primeiro o meu nome às pessoas quando me apresento e em norma é o que todos fazem. Depois de dois dedos de conversa, vem a profissão e os demais assuntos. Pelos vistos as coisas estão a mudar e agora para muitos, o título vem em primeiro.
É como na realeza: eis que vem a Duqueza de não sei quantas, Maria que tem mais de dez sobrenomes. E por aí adiante.

Se a moda pega, isto de dizer os títulos e a posição social vai com certeza ser um bom negócio para quem faz cartões de visita, porque definitivamente vão ser precisos mais tintas e papel para caber todas as conquistas de uma vida de sucessos e desilusões.

imagina isto:
- Este é o Dr, fulano, desempregado mas muito inteligente e com boas perspectivas de um futuro melhor.

Se bem que acredito que o título, para nós, comuns mortais, só vai ser usado em casos de sucessos. Talvez seja uma forma do outro sentir-se bem, valorizado, e num mundo onde o exibir é o prato principal em todos os círculos, mostrar que se relaciona com alguém bem sucedido, pode ser encarado como um triunfo, mais um ponto na caminhada rumo ao topo da montanha.

Quem não gosta de estar no meio de pessoas influentes  e de sucesso? A questão é: quando é que se ultrapassa esta frágil linha entre a vontade natural de conhecer e até mesmo sentir-se inspirado pelas pessoas que conquistaram o sucesso fruto de muito trabalho e dedicação, e a necessidade de se mostrar ao outro, de se exibir pura e simplesmente?





quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Gosto de caminhar ao ar livre!



Gosto da sensação de estar a caminhar no parque ou numa rua, ouvindo música, sentir a brisa na cara, trocar olhares cúmplices com pessoas que também estão a desfrutar deste simples prazer da vida. 

Gosto de sentar-me num banco na rua e conversar casualmente com estranhos, breves momentos de troca de ideias, risos e muitas vezes estórias de vida com os seus altos e baixos.


Gosto da sensação de comunidade que se estabelece numa simples caminhada no parque de costume, quando já chamamos pelo nome aquele cão que acompanha sempre o seu dono nas caminhadas do final da tarde.